No meu texto anterior, eu comecei dizendo que, há um ano, a coligação gravitando em torno do prefeito André Pacheco parecia invencível. Eram montes de partidos, juntos no objetivo de continuar no poder.
Este “frentão”, como todos sabem, rachou. Não existe mais. Agora, é praticamente cada um por si. Com o caos instalado, partidos começaram a debandar. A conversar com figuras como o ex-prefeito Valdir Bonatto.
E com isso Bonatto, de “morto” passou a “favorito” para as eleições deste ano. Mas a alegria durou pouco. Hoje, uma canetada do TRE o riscou do mapa. O PSDB pode lançar outro candidato… mas quem?
O fato é: com André e Bonatto fora do jogo, e um cenário fragmentado, é provável que tenhamos uma eleição com montes de candidatos – pelo menos dois ou três saídos da aliança que permaneceu junta até o falecimento do vice-prefeito Russinho. Além desses, o nome indicado por Bonatto, e dois candidatos à esquerda (Guto Lopes do bloco PT-PDT e um nome do PSOL).
E não, não há como apontar favoritos.
Nadim (PSL) tem nas mãos a poderosa “caneta”, mas ela ainda não converteu-se em uma aliança sólida que possa dar-lhe alguma grande vantagem.
Se 2016 foi a eleição mais previsível que tivemos nas últimas três décadas, 2020 será semelhante a um jogo de roleta num cassino: todo mundo suando frio, sem saber bem ao certo onde a bolinha poderá parar.
Jornalista, escritor, colunista do Jornal Sexta desde a primeira edição em 2010. Desenvolvedor do site do Jornal Sexta.
Autor de diversos livros, cujos links podem ser encontrados em seu site profissional.
Produz também videos sobre desenvolvimento pessoal, tutoriais de "faça você mesmo" e conhecimentos gerais em seu canal no Youtube.